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Durante entrevista ao lado de Alia Bhatt e Jamie Dornan para o Estadão, Gal Gadot aponta os elementos que a atraíram para Agente Stone, reforça o amor pelos fãs brasileiros, revela qual superpoder gostaria de ter e faz mistério sobre a possibilidade de uma sequência do filme que ainda nem foi lançado. Confira abaixo:

Novo filme da Netflix estreia em 11 de agosto; atriz de Mulher-Maravilha revela qual superpoder gostaria de ter na vida real.

Ela já foi a Mulher-Maravilha, cotada para ser Barbie e será a Rainha Má de Branca de Neve, mas agora Gal Gadot veste o disfarce de espiã no novo filme da Netflix, Agente Stone. O longa chega ao catálogo em 11 de agosto, mas a estrela recebeu bem antes o Estadão para uma entrevista. Assista abaixo.

Como todo filme de espiões que se preza, Agente Stone tem locações espalhadas pelo mundo todo. Mas é em uma localização remota acima das nuvens que o dispositivo de inteligência artificial “Coração” calcula a efetividade das missões da “Carta”, divisão supersecreta onde trabalha a agente especial Rachel Stone.

É atrás deste instrumento que está a hacker Keya Dhawan (Alia Bhatt). Isto porque, embora a “Carta” diga buscar manter a paz mundial, as valiosas informações contidas no artefato podem torná-lo extremamente perigoso nas mãos erradas.

Ultimamente, os filmes de ação e espionagem estão ficando insanos, com missões cada vez mais impossíveis e…
Gal Gadot: Eu vi o que você fez aí! (risos)

…não que Agente Stone não tenha cenas e efeitos ousados, mas existe talvez um esforço para trazer o gênero de volta a um nível mais plausível?
GG: Eu acho que é sempre sobre a história. A ação é uma ferramenta incrível para contar uma história e também um bom instrumento para empolgação, mas se você não tem as relações, o drama e o enredo que fazem sentido, então não vale muito a pena. E era muito importante para nós que o roteiro fosse sólido e as conexões dos personagens genuínas.

Jamie, você vem fazendo papéis muito diferentes, explorando essa área cinza entre o bem e o mal. Como foi interpretar Parker nesse filme?
Jamie Dornan: Consegui conciliar ambas as coisas, o que eu acho raro. Já interpretei personagens que são puramente malignos e uns caras legais também. Parece que tenho interpretado mais os que tendem para o outro lado. Mas quando você faz alguém que pode ser duas coisas, ou que acaba sendo surpreendido, é estimulante. Fica mais complexo e mais desafiador, e essas são as coisas que nos atraem em uma personagem como essa…

GG: Você tem que assistir para entender. Espere e verá!

Como estão as gravações do próximo Agente Stone?
GG: Eu… Não posso falar muito sobre isso. Acho que vamos fazer à moda antiga, sabe? Passo a passo. Produzimos o filme, filmamos, nos divertimos muito, estamos comemorando o filme e estamos torcendo que todos amem. E então começaremos a nos concentrar na próxima fase.

Alia, qual a principal diferença de atuar em Bollywood e Hollywood?
Alia Bhatt: Acho que só o idioma. Não tem mesmo nenhuma outra diferença. Eu falo em hindi lá e em inglês aqui. Mas acho que os sets de filmagem em todo o mundo são iguais. Eles têm a mesma intenção, a mesma energia. Então não tem muita diferença.

Gal, você interpreta o que alguns podem chamar de “mulheres fortes”, heroínas, mas se você pudesse escolher uma uma habilidade ou superpoder para ter na vida real, qual seria e por quê?
Curar as pessoas.

Isso é muita generosidade…
GG: É, não acho que seja preciso explicar…

JD: Explicar por quê.

GG: Deixa eu começar com você. (Ela direciona a ele as mãos como em um gesto de cura, enquanto todos riem. Durante a entrevista, o ator parecia estar um tanto desanimado).

Vocês também podem responder
AB: Depois dessa não tem mais nada que a gente possa falar.

Vocês conhecem algo do cinema brasileiro? Talvez algum diretor ou ator com quem gostariam de trabalhar?
GG: Eu talvez conheça alguns, mas não consigo apontar se são brasileiros ou não, entende?

Nós temos Wagner Moura, de Narcos. Alice Braga, Rodrigo Santoro…
AB: Minha confusão é sempre com pronunciar os nomes errado. Mas reconheci todos os nomes que você mencionou.

Qual mensagem vocês deixariam para os brasileiros fãs dos seus filmes?
GG: Acho que as pessoas daqui são tão apaixonadas e carinhosas! Eu já estive no Brasil muitas vezes, tive a sorte de gravar um filme aqui. Fizemos Velozes e Furiosos aqui. E vocês são simplesmente incríveis. Eu fiz a CCXP há alguns anos. Vocês são as pessoas mais carinhosas e apaixonadas que já conheci e só posso retribuir tanto amor e agradecer por todo o amor.

 

A conversa ocorreu em junho de 2023, antes das greves em Hollywood.

Gal Gadot foi capa do caderno ELA do jornal O Globo neste domingo (06) onde concedeu uma entrevista exclusiva e falou sobre Agente Stone, sua parceria com seu marido Jaron Varsano e mais. Confira abaixo:

Em junho, Gal Gadot passou cerca de 40 horas em São Paulo e não conseguiu pregar os olhos nem por um minuto. “Culpa” dos fãs brasileiros, que lotaram o prédio da Bienal no Ibirapuera no dia 16, e o gramado do Parque, no dia 17, para o Tudum, evento da Netflix que trouxe ao país a atriz israelense e outras estrelas hollywoodianas. “Estava com muito jet lag, mas não dormi. Quando você recebe tanta energia incrível, é eletrizante. Vocês, brasileiros, são inacreditáveis”, disse Gal, por telefone, dois dias depois de voltar para uma de suas casas, em Los Angeles — a outra é em Tel Aviv.

Fã do Rio, cidade que conheceu pela primeira vez nas filmagens de Velozes e furiosos 5, em 2010, e de Gal Costa (“Fiquei muito triste com a morte dela no ano passado”), a atriz de 38 anos esteve no Brasil — considerado pelos marqueteiros o país onde estão os fãs mais fervorosos do planeta — para divulgar o filme Agente Stone, que estreia na próxima sexta-feira, dia 11. Na produção, ela interpreta Rachel Stone, espiã de uma misteriosa organização cuja missão é manter a paz mundial com o auxílio de uma ferramenta de inteligência artificial cobiçada por hackers. Além de Gal, o elenco tem Jamie Dornan, famoso por interpretar Christian Grey no filme Cinquenta tons de cinza, e a novata em Hollywood Alia Bhatt, do longa indiano RRR.

Gal também é a produtora de Agente Stone. Aliás, tem se especializado nisso nos últimos anos: atuar e produzir filmes, principalmente de ação. Mulher-Maravilha 1984, de 2020, por exemplo, foi uma coprodução dela. “Sou muito fã desse gênero. Depois do sucesso de ‘Mulher-Maravilha’, quando percebi que havia espaço para mais histórias de ação focadas em mulheres, ganhei confiança para criar nossas próprias coisas, contar histórias sob uma perspectiva feminina”, diz a artista.

Sua produtora, a Pilot Wave, é uma sociedade com o marido, o empresário israelense do ramo imobiliário Jaron Varsano, que ela conheceu num retiro de ioga no deserto. Os dois são casados desde 2008 e pais de três meninas: Alma, de 13 anos; Maya, de 5; e Daniella, de 2. O trabalho ao lado dele foi uma “evolução orgânica da relação”. “Jaron é empresário e me completa. Minhas fraquezas são as forças dele e vice-versa. Poder trabalhar com o homem que mais amo e sei que vai me proteger é um sonho”, diz Gal.

O pontapé para ser dona do próprio negócio, ela diz, veio de Annette Bening, atriz indicada a quatro Oscars e com quem Gal contracenou no filme Morte no Nilo (2022). Num jantar de aniversário na casa dos Gadot para Patty Jenkins, diretora de Mulher-Maravilha, Gal cercou Annette para pedir conselhos. “Ela é uma atriz e mãe incrível de quatro filhos. Perguntei a ela: ‘Como você consegue tudo isso?’ Num determinado momento da conversa, ela falou: ‘Se você quer alguma coisa, tem que ir buscar. É assim que funciona em Hollywood’. Olhei para o meu marido, sorrimos com os olhos e soubemos que era o que a gente ia fazer”, conta Gal.
É no mínimo curioso pensar que a atriz tenha perguntado como Annette “consegue tudo isso”, sendo que a própria Gal é sempre alvo da mesma pergunta — geralmente acompanhada de trocadilhos com Mulher-Maravilha. Como ela consegue ser tanta coisa — uma das atrizes mais bem pagas de Hollywood, produtora, dona de uma marca de macarrão com queijo com pegada saudável, mãe de três filhas, simpática com os fãs… Sim, os brasileiros deliraram com a carisma dela nos palcos da Netflix.

“Antes de qualquer coisa, sou a mãe de Alma, Maya e Daniela, esposa do Jaron, filha dos meus pais e irmã da minha irmã. Sou muito ligada à família. Mas, ao mesmo tempo, quando as crianças estão na escola, vivendo a vida delas, gosto de estar em movimento, de criar. Amo a rotina de não ter rotina. Ao me preparar para um filme, ou ao gravar, entro no modo trabalho, mas sempre tento balancear os dois modos.”

Se dependesse da vontade da colega Margot Robbie, Gal Gadot estaria não só no catálogo da Netflix com Agente Stone neste mês como também nos cinemas com o filme Barbie. Isso porque a protagonista e produtora da grande sensação cinematográfica do momento falou em entrevistas recentes que o sonho dela era ter conseguido um espaço na agenda de Gal para tê-la no filme da boneca, dirigido por Greta Gerwig. “Gal Gadot tem a energia da Barbie”, disse Margot à Vogue americana em maio. “Ela é impossivelmente linda, mas você não a odeia por ser bonita porque ela é genuína. E é entusiasticamente gentil.”
A israelense diz que leu essa entrevista e, inclusive, falou com Margot sobre o assunto. “Quando aterrissei em Los Angeles, ao voltar do Brasil, a encontrei no aeroporto e conversamos. Eu falei: ‘Ok, farei o que você quiser agora’”, relembra Gal. “E ela disse: ‘Às vezes, Greta e eu ficávamos paradas pensando (no set) o que a Gal faria’. Margot é incrível, a adoro, mas não sei exatamente o que é ter uma energia de Barbie (risos). Acho que deve ser um grande elogio vindo dela.”

A Barbie Gal, se retratasse a realidade, precisaria ser bem pé no chão. Porque é assim que ela diz ser. Nascida em Petah Tikva, uma pequena cidade nos arredores de Tel Aviv, Gal começou a carreira como modelo, sendo Miss Israel em 2004. Trabalhou como modelo e atriz de séries em seu país natal, o que lhe abriu portas para testes no exterior. Seu primeiro papel em Hollywood foi na franquia Velozes e Furiosos, em 2009. Antes disso, passou, como toda jovem de seu país, pelo serviço militar, onde conseguiu a faixa preta em Krav Maga, um tipo de luta desenvolvida pelo exército local.

Na visão da artista, toda essa experiência ajuda a se manter centrada. “Não nasci numa família real ou hollywoodiana. Vim de uma cidade pequena, num país pequeno, no meio do Oriente Médio. Para mim, fama e sucesso não são garantidos”, diz a atriz. “Não acho que mudei muito em relação à menina que fui. Sou humilde, grata e feliz por estar onde estou. E, às vezes, há momentos em que penso: ‘Isso realmente está acontecendo comigo?’ (risos). Mas fico feliz de ter esses questionamentos porque eles me mantêm com os pés no chão.”

Parte das perguntas que passam constantemente pela cabeça de Gal quando ela lança uma nova empreitada tem a ver com o medo da recepção das pessoas. Descobriu que isso acontece nas melhores famílias e com os maiores sucessos, até com Francis Ford Coppola, diretor da franquia O poderoso chefão. Perguntadeira, descobriu esse ponto em comum com ele quando o questionou sobre “como era ser um tesouro nacional”. “Ele me respondeu assim: ‘Sabe de uma coisa, Gal? Sempre estou preocupado se as pessoas vão gostar ou não do que faço’. Se você tem alguém como o Coppola falando que tem dúvidas sobre si mesmo, você percebe que isso é algo bem normal”, diz a atriz. “E acaba sendo bom porque ajuda a me manter simples e humilde.”

Uma experiência marcante no início do ano, que a fez fortalecer ainda mais as raízes simples, foi colocar sua voz num audioguia do campo de concentração de Auschwitz, na Polônia. O local, maior símbolo das atrocidades nazistas e do genocídio do povo judeu durante a Segunda Guerra Mundial, recebe visitantes do mundo inteiro. Quem chega por lá agora houve as narrações na voz de Gal, cuja própria história é intrinsecamente ligada ao lugar. Seu avô materno foi o único sobrevivente da família que resistiu aos horrores daquele cativeiro.
“Fui procurada pelo Steven Spielberg para fazer essa gravação e claro que aceitei. Nem perguntei para onde era, apenas imaginei que iria para um dos museus do Holocausto”, conta. “Depois que gravei, soube que era para Auschwitz. Imediatamente liguei para a minha mãe e contei tudo. Imagina se alguém sussurrasse ao meu avô 80 anos atrás, no frio, órfão, depois de todo o horror: sua futura neta vai gravar um áudio para manter a memória viva sobre o que aconteceu aqui? Foi como completar um círculo.”

Gal Gadot concedeu uma entrevista para a revista GQ MÉXICO onde falou com com exclusividade sobre Agente Stone, seu mais novo filme de ação e espionagem que tem estreia marcada para dia 11 de agosto na Netflix. Confira abaixo!

Ela nos conta com exclusividade sobre seu retorno à ação com Agente Stone, um filme que põe à prova sua determinação e reafirma seu compromisso com o cinema.

Por Mário Alberto Cabrera

Há algo elétrico na voz de Gal Gadot. Entre nossa conversa e a revelação mundial do trailer de Agente Stone no TUDUM — evento anual que a Netflix realizou em São Paulo, Brasil, para dar uma prévia de seus lançamentos — apenas três dias se passaram e a atriz está animada e nada mais.

Sua empolgação – obviamente motivada pela estreia de seu novo filme – é percebida como uma estática que preenche o ar. Não é para menos. O filme que chega à plataforma de streaming no dia 11 de agosto é, nas palavras dela, “um projeto extremamente especial”, já que é o primeiro grande blockbuster que a israelense produz com o marido, Jaron Varsano, para a Pilot Wave. Fundada em 2019 com o propósito de “ajudar a materializar histórias que inspiram”.

O filme também supõe uma nova abordagem ao cinema de ação, gênero que conhece e gosta — e que tem sido o fio condutor de uma carreira marcada pelo sucesso; — mas desta vez ela levou as demandas físicas, interpretativas e criativas para o próximo nível devido ao seu envolvimento como produtora do projeto.

Antes do bate-papo contra o relógio começar, Gal reserva um tempo para dizer olá e se apresentar, ignorando deliberadamente o fato de que sua identidade é uma questão de conhecimento público mundial. A sua polidez parece confirmar o que se diz sobre o seu carisma, mas quando o gravador começa a gravar as suas primeiras palavras, expiram os rumores sobre a sua personalidade magnética. Gadot requer um esforço mínimo para ofuscar. Tudo é verdade.

Mas por que tanto bom humor? A segurança está depositada na qualidade do projeto que se concretizou junto com o homem com quem está casada há quase 15 anos? São os desejos francos de querer compartilhar uma obra de pretensões tão ambiciosas com seus milhares de seguidores ao redor do mundo? Ou é a adrenalina que se recusa a sair de suas veias após o alvoroço que sua presença causou em terras paulistas? O que quer que esteja servindo de combustível para suas palavras esta tarde é edificante.

“Escolher Agente Stone como meu próximo projeto foi bem simples”, conta sobre o filme que exigiu mais de três anos de trabalho desde que assumiu o projeto de Varsano e com o apoio da Skydance e da Netflix , empresa que mais uma vez confia em seu talento para uma de suas maiores produções, após sua aliança em Alerta Vermelho. “Gosto de filmes com muito suspense e tensão, com reviravoltas que jogam fora tudo o que você pensou sobre uma história e só deixam claro que, na realidade, você não decifrou nada.” E continua: “Agente Stone foi algo que eu sempre quis fazer. Eu amo o gênero ação/espião, e o fato de ser tão pessoal o torna ainda mais especial.”

Missão improvável, não impossível
Oficialmente, a primeira vez que a israelense ostentou o crédito de produtora foi em Mulher-Maravilha 1984 (2020), porém, e apesar de estarmos falando da saga e da personagem que a colocou no topo do mundo, ela mesma deixa claro as novas sensações que Agente Stone trouxe consigo. “Dessa vez eu tratei de outras coisas que não tinham a ver apenas com a atuação, mas também com a produção”, ela compartilha. “E sabe o que eu mais gostei?”, pergunta-me sem intenção de ser respondida. Definitivamente, como tudo foi agitado.”

“Filmamos este filme em mais de cinco locações diferentes ao redor do mundo e foi simplesmente incrível. Nunca fiquei entediada e ouso dizer que os outros também não”, diz em nome dos integrantes da produção. “Foi eletrizante e muito revigorante. Foi incrível ver o que alcançamos e ter essa experiência.”

Mas se o treinamento físico cansativo ou a logística assustadora de mover uma produção cinematográfica dessa magnitude pela Europa não era uma tarefa complexa, o que era? “Eu diria que encontrar a pessoa certa que poderia dar à franquia uma marca em gestão”, ela reflete.

A “nova” produtora levou a tarefa muito a sério e ajudou a encontrar a pessoa certa para a tarefa. Sua busca a levou a Tom Harper, o cineasta britânico indicado ao BAFTA por seu trabalho em Wild Rose (2018), que acabou se tornando seu maior cúmplice durante esta aventura cinematográfica. “Uma das razões pelas quais eu estava tão animada para trabalhar com Tom é porque ele fez filmes incríveis (…), mas o que mais me atraiu nele foi um pequeno filme que ele fez chamado Wild Rose com Jesse Buckley.”

O filme, que trata da jornada emocional de uma inglesa para se tornar uma estrela country, alcançou aclamação mundial graças ao haltere entre Buckley (The Lost Daughter, 2021; Women Talking, 2022) e Harper, um diretor que comunga com a profundidade dos personagens e não hesita em se envolver nos mais diversos projetos: do drama e do terror, aos musicais e cinebiografias.

“Era um tema muito pequeno e específico para um filme (…), mas era tão focado nos personagens que pensei: ‘não seria interessante trazer alguém tão comprometido com os personagens e seu desenvolvimento para fazer esse filme? Tão ambicioso e explosivo, com a ação e tudo que isso envolve?’”, explica a atriz Gal Gadot, dando a entender o quanto sua voz foi decisiva em uma escolha tão importante.

“Isso foi algo muito importante para mim, eu queria ter certeza de que não começaríamos a filmar o projeto antes de termos o roteiro bem definido e ter certeza de que os personagens estavam realmente presentes e que a relação entre eles era autêntica. Isso é o que mais importava para mim”, enfatiza. “Eu sabia que ele (Harper) poderia trazer uma bela narrativa para o nosso filme, e ele o fez.”

Mas Tom não é o único que conseguiu sua aprovação e recebeu um voto unânime de confiança. Agora a lisonja mudou de objetivo e tem na mira outro de seus pares nessa aventura: o ator norte-irlandês Jamie Dornan. “Ele é muito talentoso e bastante versátil. Poder ter alguém assim como parceiro de cena, e em geral com quem trabalhar, é incrível. Quando você filma projetos tão grandes por meses e viaja pelo mundo, seus parceiros no set se tornam uma espécie de segunda família para você. Se você realmente não gostou dessa parte da viagem com eles, provavelmente não valeu a pena.”

A viagem não só viu Harper e Dornan, mas também a conhecida atriz britânica de origem indiana, Alia Bhatt; a destacada atriz inglesa, Sophie Okonedo, e um dos rostos favoritos da Netflix: o alemão Matthias Schweighöfer, entre outros. “Todos nós gostamos desta viagem. Nós nos divertimos muito no set e simplesmente gostamos de fazer este filme. Nós compartilhamos uma química tão maravilhosa e amor um pelo outro que fez toda a diferença. Se você me perguntar, valeu muito a pena.”

O nome dela é Stone, Rachel Stone
Ter papéis estelares em mega produções como Mulher-Maravilha e Alerta Vermelho não é algo que todos possam se gabar em seu currículo; no entanto, parece que Gal Gadot tem um caso perpétuo com filmes de ação de grande orçamento. Com uma produção que durou de janeiro a julho do ano passado, com filmagens em Itália, Londres, Reykjavik, Marrocos e Lisboa, Agente Stone é o mais recente projeto a juntar à sua crescente lista de blockbusters.

No filme, Gal interpreta a super espiã Rachel Stone, uma agente de inteligência internacional a quem é confiada uma missão secreta importantíssima: proteger um artefato misterioso e muito mais poderoso, para que não caia em mais erros e assim evitar uma catástrofe global. A entrega foi ouro puro para a atriz. “Esse filme tem muita ação e tivemos que nos preparar por meses e meses. Para mim, de certa forma, sinto que é algo que não é novidade, estou muito familiarizada com isso”, afirma à israelense, que é famosa por seu empenho em desafios como esse.

Perseguições frenéticas de carros e motos, sequências exigentes de combate corpo a corpo e acrobacias ousadas dignas de qualquer saga de ação que você possa imaginar — preste atenção especial a uma das sequências de abertura em que Gal protagoniza uma perigosa descida às montanhas Alpes italianas — são apenas algumas das cenas desafiadoras que Gadot protagonizou nas filmagens deste filme que aspira a se tornar uma franquia no estilo Missão Impossível ou James Bond.

“Eu sinto que de um filme para o outro, a barra fica cada vez mais alta para mim. Para Agente Stone a aposta era definitivamente maior, mas tivemos a sorte de contar com uma equipe incrível de dublês, que nos ensinaram e orientaram o tempo todo, garantindo que fizéssemos tudo da maneira certa e segura, tirando o melhor de nós quando parecia que não iríamos conseguir”, considera.

Assim como quando Justin Lin confiou nela para dar vida à letal ex-agente Gisele Yashar na saga Velozes e Furiosos — papel que chegou a suas mãos graças ao treinamento militar que recebeu no passado, quando aos 20 anos serviu nas Forças de Defesa de Israel como instrutora de combate – e, assim como quando Patty Jenkins a chamou para interpretar a maior super-heroína do Universo DC, Gal não aceitou o papel da superespiã Rachel Stone levianamente. O que é curioso, considerando que (como ela revelou ao podcast Awards Chatter em 2017) uma das primeiras audições que ela fez, foi a para Bond Girl, que Olga Kurylenko interpretou em 007: Quantum. “Talvez eu não tenha sido muito clara sobre isso (assumir um papel como esse), mas eu gostava muito do gênero desde antes desse projeto… Além disso, sempre me vejo fazendo coisas diferentes. Pouco antes de rodar este filme, interpretei a Rainha Má para a Branca de Neve, no musical que a Disney lançará (…) Gosto de fazer tudo. Para mim, é tudo sobre o roteiro, o cineasta, o papel. É sobre o quanto um projeto me desafia. Isso é o que importa para mim. Não apenas o gênero ou a ação.”

Ter sua própria franquia de ação é algo que entusiasma Gadot, embora ela prefira levar as coisas devagar e deixar a questão da continuidade nas mãos dos fãs de espionagem, um grupo demográfico no qual ela se inclui, apesar de não conseguir decidir sobre seus favoritos. “É difícil nomear um personagem ou série favorita, mas adoro o gênero, de James Bond e Missão Impossível a Bourne. Acho que há muitos atores que fizeram seu trabalho de maneira brilhante, sou uma grande fã de todos eles. É inspirador”, confessa.

— E no seu caso, você sente que está abrindo caminho para as futuras gerações de atrizes que querem interpretar as novas heroínas de ação na tela?

“Eu realmente não sei, essa é uma pergunta que não cabe a mim responder, mas a outros”, diz ela com humildade. “O que eu sei é que depois do sucesso de Mulher-Maravilha, eu percebi que havia mais espaço para filmes de ação focados em mulheres e isso me deu um impulso de confiança suficiente para tentar fazer algo assim eu mesma.” continua a mulher que simpatiza com a ideia de que a onda feminina de Hollywood – composta por atrizes, diretoras e outras mulheres profissionais da indústria – acabará com qualquer indício de sexismo no entretenimento. “Se este filme tiver o mesmo efeito com outra pessoa, me considerarei bem útil.”, conclui.

 

Esta entrevista foi realizada em junho de 2023.

Gal Gadot confirmou em entrevista ao Collider que seu filme Cleópatra, com direção de Patty Jenkins, ainda está em desenvolvimento e que já tem “um roteiro incrível”.

Divulgado em outubro de 2020, o filme que narrará a história da famosa Rainha do Egito, repetirá a parceria entre Gal Gadot e Patty Jenkins. Com roteiro de Laeta Kalogridis, Cleópatra terá direção de Patty Jenkins e Gal Gadot como protagonista e co-produtora através da Pilot Wave Motion Pictures.

Durante uma recente entrevista com o Collider para promover o filme Alerta Vermelho, Gadot forneceu uma breve atualização sobre Cleópatra e revelou que o trabalho dos bastidores do filme ainda está em andamento. Gal confirmou que o roteiro agora está completo e que ela está ansiosa para levar a história para o cinema.

“Cleópatra definitivamente ainda está acontecendo. Temos um roteiro incrível e mal posso esperar para comemorar e levar sua história para a tela grande.”

Confira a entrevista completa abaixo:

Gal Gadot estampa mais uma capa de revista no mês de novembro, desta vez é a Glamour México e América Latina! Confira abaixo a entrevista com a atriz.

De Mulher-Maravilha à vilã mais ousada e destemida, Gal Gadot protagoniza um filme com Ryan Reynolds e The Rock,e também se torna a estrela da capa da Glamour em novembro de 2021.

Por Farah Slim

Em novembro de 2021 teremos uma grande atriz estrelando a capa da Glamour México e América Latina: Gal Gadot! Ela está de volta à tela grande (e de um de nossos serviços de streaming favoritos) em seu novo filme altamente esperado, Alerta Vermelho.
Revelamos tudo o que essa celebridade nos contou, em entrevista exclusiva, sobre seu mais recente projeto com a Netflix, as lições que aprendeu, suas dicas de beleza e muito mais!

O que Gal Gadot mais gostou nas filmagens de Alerta Vermelho?

Uau. Em primeiro lugar, gostei de trabalhar com Rawson Thurber, nosso diretor, e, claro, os maravilhosos Dwayne Johnson e Ryan Reynolds. Adorei o roteiro e a história. Foi divertido, foi divertido de fazer, mesmo com o obstáculo que enfrentamos, como a maior parte do mundo, chamado COVID. Tivemos que adiar as filmagens e filmamos novamente 8 meses depois. Mas, apesar de tudo, foi um projeto lindo.

As ótimas lições que você aprendeu trabalhando com Dwayne e Ryan.

Tive sorte porque me sinto muito confortável com eles. Ele havia trabalhado com os dois antes deste filme, os conheci antes e tive uma ótima química com eles. Nós realmente gostamos muito do nosso tempo e ambos são companheiros muito bons e muito generosos (no que diz respeito ao que eles te dão durante as tomadas e tudo mais).
Minha família e de Ryan compartilharam uma ‘bolha’ quando voltamos a filmar durante a pandemia de COVID. Estávamos todos basicamente isolados. Não podíamos ir a lugar nenhum, só podíamos ir para o set e voltar para casa, então nossas filhas estudaram juntas e foi uma experiência muito legal. Ter nossa pequena comunidade de pessoas muito doces foi muito divertido. Eu acho que faz uma grande diferença quando você trabalha com pessoas que você ama e eu tive muita sorte.

O mantra de sua vida para lidar com os dias ruins também é…

Não desistir e continuar perseguindo meus sonhos. Quando as pessoas veem o sucesso de outras pessoas, sempre me asseguro de lembrá-las de que dá muito trabalho, há muitas rejeições… Você tem que acreditar em si mesma e isso é algo que também procuro ensinar às minhas filhas, que para alcançar resultados, elas têm que trabalhar. Sempre há um amanhã e amanhã será um novo dia.

Você sabia que Gal passou por um treinamento muito especial para fazer esse filme?

Sabe que? Eu amo ter a oportunidade não só de atuar, mas de agir fisicamente e fazer posturas diferentes. Em Alerta Vermelho tínhamos que fazer uma dança, então fizemos uma cena de dança e eu amei isso.
Tínhamos ensaios e muitas coisas. Antes de mais nada, antes de filmar, treinei e me exercitei para estar apta para o papel. Então COVID apareceu e como todo mundo, eu estava cozinhando o dia todo, comendo, bebendo e fazendo todas as coisas divertidas que todos faziam e eu estava tipo, ‘Oh não! Estamos voltando às filmagens e tenho que estar pronta para a câmera.’ Especialmente porque havia uma cena de maiô com a qual eu tinha que me sentir confortável.
E foi então que voltei e treinei por vários meses, antes de voltar ao set. Quando estávamos filmando, eu malhava todas as manhãs antes de sair de casa para ir ao set. Então, os treinos faziam parte da minha rotina diária.

Suas dicas importantes para beleza e estilo.

Eu trabalho com uma especialista facial que é de Israel. O nome dela é Keren Bartov e ela realmente é a melhor amiga da minha pele. Ela me traz toda essa variedade de produtos diferentes e eu os uso de manhã e à noite.
No meu armário sempre tenho um vestidinho preto que acho atemporal e toda mulher deveria ter um vestido preto perfeito.

Gal Gadot é capa da Marie Claire no Brasil na edição de novembro! Em entrevista à revista, a atriz israelense fala sobre a gravidez na pandemia, a rotina como mãe de três filhas, carreira e outros detalhes que fazem dela verdadeira a Mulher-Maravilha.

Por Claudia Lima

Não é fácil encontrar a Mulher-Maravilha. E não por causa do avião invisível que ela usa para se locomover nos desenhos animados. Pegar Gal Gadot – a atriz israelense de 36 anos que desde 2016 dá vida à heroína mais famosa do multiverso – no laço para uma entrevista requer dedicação, além de uma generosa quantidade de e-mails e mensagens de WhatsApp trocados com os assessores, agentes e secretários pessoais da estrela, que negociaram cada minuto desta entrevista de capa.

Não é para menos. Um dos nomes mais requisitados de Hollywood, Gal alcançou, em 2020, o terceiro lugar na lista das atrizes mais bem pagas da indústria cinematográfica, atrás apenas de Sofia Vergara e Angelina Jolie. E, diferentemente da personagem de quadrinhos que catapultou sua carreira, gasta boa parte de seu tempo em boeings de verdade, quase sempre na longa rota de 15 horas que separa Los Angeles de Tel Aviv, onde mora oficialmente.

Sua agenda, que nunca foi fácil, está ainda mais complicada estes dias. É que em 12 de novembro ela estreia Alerta Vermelho, o longa-metragem do Netflix de orçamento mais alto até hoje – leia-se U$ 200 milhões –, em que dá vida a Bispo, uma ladra de obras de arte, a primeira vilã de sua carreira.

“Foi muito interessante viver uma personagem que não é pura nem vive pelo bem, como a Mulher Maravilha. Como toda atriz, gosto de explorar a mais variada gama de emoções possível”, explica.

Como já de praxe em sua carreira, desde que estreou em Velozes e Furiosos, em 2009, o filme é recheado de cenas de ação, com armas, lutas, helicópteros e perseguições, que a atriz executa tão bem.

Dirigido e escrito por Rawson Marshall Thurber, Alerta Vermelho conta a história de um agente da Interpol, papel de Dwayne Johnson, que vive à procura de dois dos ladrões de arte mais procurados do mundo, interpretados por Gal e Ryan Reynolds. “Bispo é atrevida, engraçada e nada correta. Bem diferente de tudo que havia interpretado até então”, conta a estrela. O coleguismo no set também colaborou para o fato de ela ter gostado tanto da experiência. “Tanto Rawson quanto Ryan já eram meus amigos, havíamos trabalhado juntos em Velozes e Furiosos. Os dois são supertalentosos, além de muito engraçados”, completa. Não precisa dizer que os atores formaram uma trinca de protagonistas perfeita no filme que mistura ação e comédia. Não tem como não botar também nessa conta os U$ 20 milhões que presume-se que cada um deles tenha ganhado.

Previstas para começar no início de 2020, as filmagens de Alerta Vermelho, como tudo, foram atropeladas pela pandemia de covid-19. A retomada só aconteceu em setembro de 2020 e trouxe alívio à vida da atriz. “Foi um período de tanta negatividade e incertezas que voltar a trabalhar dava a sensação de que a vida entraria nos eixos”, conta.

Nascida em Petah Tikva e criada em Rosh HaAyin, ambos distritos vizinhos e próximos a Tel Aviv, em Israel, Gal é filha de uma professora e um engenheiro. Tem um pouco de sangue polonês e austríaco, um pouco de alemão e tcheco. Sua ascendência é asquenaze [a maior comunidade judaica do mundo, de origem europeia]. Fala hebraico, inglês e é formada em biologia. “Minha irmã [mais nova] e eu tivemos uma educação maravilhosa. Apesar de protetores, nossos pais sempre nos permitiram ser livres e incentivaram que fôssemos independentes para traçar nossos caminhos”, conta.

Graças a esse suporte, Gal viveu muitos papéis na vida real. Foi babá e trabalhou em fast-food até se tornar, aos 18 anos, miss Israel. Outro detalhe curioso de seu currículo diz respeito aos dois anos em que integrou as Forças de Defesa de Israel, serviço militar obrigatório entre as mulheres de seu país. Por lá tornou-se instrutora de combate e adquiriu princípios que acabaram sendo determinantes nas personagens que viveu. E, não, não estamos falando (só) do fato de ela saber pegar em armas.

“Mais do que qualquer ensinamento ou habilidade física que eu tenha desenvolvido nos anos de exército, minha maior lição lá dentro foi a de entender a importância do coletivo, do trabalho em grupo. Isso é fundamental na vida de quem faz cinema”, afirma. “E não falo apenas sobre essa necessidade dentro do elenco. As pessoas que trabalham por trás das lentes, dos eletricistas aos maquiadores, sempre os primeiros a chegar e os últimos a sair, são essenciais no meu trabalho. É preciso ser sempre atencioso com elas, só assim somos capazes de atuar de forma eficiente”, completa.

FAMÍLIA EM PRIMEIRO LUGAR

O final de 2020, ano em que o mundo vivia um período de medo, isolamento social e lockdown, marcou a vida da estrela por um motivo extra. Gal e seu marido, o empresário Jaron Varsano, com quem é casada desde 2008, se viram grávidos do terceiro bebê da família – Daniella hoje tem cinco meses, Alma, 10 anos, e Maya, 4. “Esses tempos foram muito desafiadores e trouxeram diferentes realidades que tivemos que enfrentar. Mas, ao mesmo tempo, acabaram me energizando e me deixando mais forte para aceitar os desafios”, diz.

A amamentação faz parte dessa lista. Sua foto com a bomba de tirar leite enquanto se maquiava no set, que ganhou quase 2,5 milhões de curtidas em seu perfil no Instagram, representa bem o momento. “Tenho a sorte de que, para cada projeto longo que eu faça – e eles normalmente são assim –, levo todos comigo. Costumo dizer que somos como uma família de circo, que sempre viaja junto.” Aos olhos da atriz, a ajuda de sua própria família e a do marido são essenciais para seu sucesso profissional. “Como disse, acredito no poder do coletivo, em qualquer instância e em qualquer núcleo. Não é simples atuar e fazer uma cena de humor quando um filho seu ficou doente ou você não dormiu quase nada na noite anterior”, diz. Quando vê a luz vermelha da câmera acesa, no entanto, ela se transporta. “Tento me concentrar apenas naquilo, e deixo para descansar depois”, conta. Ajuda bastante o fato de Jaron e ela compartilharem o propósito de oferecer uma vida saudável às meninas. “É exaustivo para todos nós, vivemos equilibrando pratinhos”, afirma.

Longe das viagens e dos sets, a atriz faz tudo para sua vida ser a mais corriqueira possível e defende a rotina como método educacional. “Quando estou em casa, tento fazer as mesmas coisas sempre. Acordo cedo, arrumo as lancheiras das meninas e as preparo para a escola. Daí, geralmente vou malhar e ficar com minha bebê. Depois, faço ligações e reuniões. Pelo menos agora, como tudo acabou em Zoom, ficou mais fácil”, diz. E o turno tem hora para acabar. “Tento sempre terminar o meu dia cedo, para poder buscar as crianças na escola”, afirma. Gal conta ainda que, na vida real, adora os papéis de cozinheira e dona de casa. “Amo fazer da minha casa um lar e passar meu tempo assim.” No fim do dia, depois de colocar as filhas para dormir, ela volta a ler scripts e resolver assuntos de trabalho. Até o dia seguinte, lhe restam cinco horas de sono, se tanto. “Quando consigo dormir tanto tempo, já me dou por feliz.”

MULHERES EXTRAORDINÁRIAS

Além da consolidada carreira de atriz, a israelense também comanda, desde 2019, a Pilot Wave Motion Picture, produtora que abriu com o marido. Foi nela que realizou um dos projetos mais significativos de sua carreira, o documentário Impacto. Lançado em maio deste ano pela National Geographic, a série de seis episódios, produzida parcialmente durante a pandemia, conta histórias de mulheres que vivem em áreas marcadas por violência, pobreza, opressão e desastres naturais ao redor do mundo, e que estão impactando positivamente suas comunidades. “Num período de tanta negatividade, trazer alguma luz e inspirar os outros a talvez agir e fazer coisas boas foi extremamente gratificante”, diz. “Tirei os holofotes de mim e os coloquei sobre mulheres extraordinárias, de origens difíceis e que lidam com os desafios da vida de forma heroica. Todas donas de uma determinação inabalável e compromissadas em melhorar a vida das pessoas ao seu redor”, explica. Uma das histórias documentadas se passa no Brasil e conta a trajetória da dançarina de balé Tuany, de 23 anos, que montou uma companhia de dança para meninas no meio de uma das favelas mais perigosas do Rio de Janeiro, no Morro do Adeus, parte do Complexo do Alemão. Os outros episódios se passam em Porto Rico, em Michigan, na Califórnia, na Louisiana e no Tennessee.

Além de produtora executiva, Gal estreia agora na carreira de escritora. É dela o argumento de seu próximo filme, que terá direção de Patty Jenkins, a mesma de Mulher-Maravilha. Dessa vez, a ação, gênero que a consagrou, dá espaço ao drama – a atriz viverá a instigante Cleópatra. “Sempre fui fascinada pela história do Egito, um lugar progressista tanto na medicina quanto na matemática. Evidentemente, a figura de Cleópatra, central na história dessa civilização, sempre me atraiu muito”, conta. Quem espera mais do mesmo vai se surpreender. “Essa personagem sempre foi retratada sob o ponto de vista dos romanos, que não gostavam dela. Vamos celebrá-la de uma maneira muito especial. Acho que teremos algo épico”, completa.

Do outro lado da linha, escuto que meu tempo com Gal, infelizmente, havia terminado. Ainda queria saber de seus medos, suas impressões do Brasil e se algum dia imaginava ir tão longe. Prestativa e simpática, a atriz tenta responder às minhas perguntas com frases rápidas e objetivas. Nesse dia, ainda tem um compromisso com a imprensa e, na sequência, precisa colocar as filhas para dormir. Ficamos assim com o possível – e seguimos ambas equilibrando pratinhos e tentando abraçar o mundo. Cada uma a seu modo.

Gal Gadot estampa a capa da revista Elle Magazine na edição de novembro que celebra as mulheres mais resistentes de Hollywood em 2021. Leia a matéria traduzida abaixo!

Ela é mais conhecida por interpretar uma heroína que pode se teletransportar e voar. Mas o maior superpoder da estrela é sua disposição para se levantar – por si mesma e pelos outros.

Por Véronique Hyland

Gal Gadot insiste que não gosta de conflitos. Odeia, na verdade. Embora ela já tivesse fantasias de se tornar um “tipo totalmente desenvolvido de Ally McBeal”, ela deixou a faculdade de direito depois de apenas um ano. “O pensamento agora de eu ser uma advogada”, disse ela, com a cabeça cheia de visões de monólogos de tribunal e ternos de minissaia, “lidando com conflitos o tempo todo, não é para mim”.

É difícil conciliar isso com sua imagem como heroína de ação de Hollywood. Seja ela laçando bandidos como a Mulher-Maravilha ou, em seu novo filme Alerta Vermelho, empunhando um dispositivo de eletrocussão tão casualmente quanto uma mini bolsa Jacquemus, ela não parece exatamente temer contratempos na tela. (Em termos de acrobacias, ela disse: “Eu faço tudo o que o seguro me permite fazer.”) Mas fora da tela, Gadot aparece como quase sobrenaturalmente discreta, imitando sua observação de olhos arregalados em seus primeiros dias de atuação: “’E você é pago por isso? Ooh, estou dentro. Me inscreva.’”

Se tudo fosse tão fácil. Depois de ser escalada para Velozes e Furiosos de 2009, ela continuou fazendo testes até “me cansar de tentar”, disse ela. Quando ela quase desistiu, ela conseguiu o papel de Mulher-Maravilha. Quando criança em Israel, Gadot era muito jovem para assistir à versão de Lynda Carter para a TV; ela descreve sua juventude como “[não] uma grande fã de quadrinhos”. Mas ela sabia que um filme de super-heroína encabeçado por uma mulher seria um divisor de águas. Um blockbuster centrado na personagem estava “atrasado”, disse ela. “As pessoas ansiavam pela história dela.” Para o primeiro filme, seu salário era de meros (para os padrões de Hollywood) 300.000 dólares. Na época, “Fiquei extremamente grata. Essa foi a minha grande chance.” Em seguida, o filme arrecadou mais de 800 milhões de dólares. Quando a sequência, Mulher-Maravilha 1984, apareceu, “se você olhar para isso como um jogo de cartas, minha mão melhorou. Eu estava disposto a deixar a bola cair e não fazer isso se não fosse pago de forma justa.” Ela ganhou 30 vezes mais esse salário para o acompanhamento. Dada sua aversão ao conflito, ela estava com medo de jogar duro? “Não, porque quando sou justa, também estou certa.”

Outro exemplo de sua retidão e justiça: falar sobre os maus-tratos de Joss Whedon no set de Liga da Justiça. (Uma história do The Hollywood Reporter alegou que Whedon abusou verbalmente de Gadot quando ela compartilhou preocupações sobre sua personagem e diálogos. Whedon se recusou a comentar sobre a história. Embora suas observações no set não tenham sido tornadas públicas, Gadot disse na TV israelense em maio que Whedon “meio que ameaçou minha carreira e disse que se eu fizesse algo, ele tornaria minha carreira miserável”.) Questionada sobre sua reação inicial a esses comentários, ela disse: “Oh, eu estava sacudindo árvores assim que isso aconteceu. E devo dizer que os chefes da Warner Bros., eles cuidaram disso… Voltando ao senso de justiça que eu tenho… você fica tonto porque não consegue acreditar que isso foi dito a você. E se ele disse isso para mim, então obviamente ele diz para muitas outras pessoas. Eu apenas fiz o que senti que tinha que fazer. E era para dizer às pessoas que não está tudo bem.”

“Eu teria feito a mesma coisa, eu acho, se eu fosse um homem. Ele me contaria o que me disse se eu fosse um homem? Eu não sei. Nunca saberemos. Mas meu senso de justiça é muito forte. Fiquei chocada com a maneira como ele falou comigo. Mas tanto faz, está feito. Água de baixo da ponte.” Sua amiga e co-estrela em Mulher-Maravilha 1984, Kristen Wiig, observa que Gadot não tem medo de se defender. “Quando ela precisa usar aquele chapéu, ela é muito clara sobre o que é certo. As pessoas que pensam que ela é apenas um rosto bonito estão totalmente erradas.”

Em Alerta Vermelho, ela faz uma pausa no modelo da heroína para interpretar um ladra de artes que “não é boazinha. Sua agenda não é pura como alguns outros personagens que eu interpreto.” O papel exigia que ela enfrentasse Dwayne “The Rock” Johnson. (“Ele é uma rocha gigantesca com o coração mais suave e doce”, ela murmura. “É como manteiga por dentro.”) Seu costar Ryan Reynolds confirma: “Ela pode enfrentar praticamente qualquer pessoa, até mesmo uma montanha coberta de pele como Dwayne Johnson.” O papel também proporciona a ela alguns momentos cômicos. “Gal é incrivelmente adepta da comédia”, disse Reynolds. “Ela pode crescer quando precisa; ela pode puxar quando ela precisa.” Ela também está alongando seus músculos do drama de época com a mais recente adaptação de Kenneth Branagh para Agatha Christie, Morte no Nilo. (Curiosidade divertida de Gal Gadot: ela é uma grande fã de Christie.)

Agora que ela laçou Hollywood, Gadot está focada em seus projetos de paixão. Por meio de sua produtora, Pilot Wave (que ela fundou com seu marido, Jaron Varsano), ela está desenvolvendo um filme de Cleópatra. A famosa governante foi um “ícone” para ela quando ela era criança, crescendo no Oriente Médio. Embora dificilmente seja a primeira tentativa de Hollywood de retratar Cleópatra, “sua história precisa ser contada de uma maneira diferente, da maneira real, onde celebre quem ela era.” Ela também está produzindo e estrelando uma série limitada de Hedy Lamarr para a AppleTV + que explorará o papel menos conhecido da estrela da antiga Hollywood como inventora. Em uma época em que “as mulheres não tinham permissão para usar calças… ela não só usava calças, mas inventava coisas.” Linda, brilhante, subestimada por sua própria conta e risco? Parece a verdadeira heroína de Gal Gadot.

 

Confira o ensaio fotográfico para a edição da revista pelas lentes de Greg Williams:

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Gal Gadot conversou com a revista Shape sobre sua dieta e rotina de exercícios e o que a faz se enxergar e se sentir melhor. Confira abaixo!

A estrela da franquia Mulher-Maravilha prioriza rituais que a fazem se enxergar e se sentir melhor.

Por Kate Sandoval Box

Entre estrelar filmes de super-heróis, dirigir uma produtora e passar um tempo com sua família, Gal Gadot tem muito o que fazer. E, no entanto, ela sempre coloca seus rituais de autocuidado no topo de sua lista de afazeres. “O bem-estar é uma parte essencial da minha vida porque quanto melhor me sinto, melhor aparento e melhor fico”, disse ela à Shape. Elementos de sua rotina evoluíram com o tempo, mas alguns componentes permaneceram essenciais.

Meditação + Sono

“É engraçado como as pessoas que realmente poderiam se beneficiar com a meditação geralmente são aquelas que não encontram tempo para fazê-la”, disse Gadot, que diz ter se relacionado até descobrir o aplicativo Headspace. “É rápido, fácil de usar e realmente me ajuda a me sentir presente”, diz a estrela de Mulher-Maravilha. “Isso e ter um sono de qualidade suficiente são as chaves para mim.”

Hidratação

“Eu acordo e bebo água como um camelo”, disse Gadot, que contou que se certifica de beber mais água ao longo do dia, especialmente durante o treino e antes de ir para a cama. “Eu tenho uma garrafa cheia e gelada de Smartwater+ Clarity antes do café ou qualquer outra coisa. Acho crocante, refrescante, deliciosa – eu desejo isso. Minha família e eu provamos todos os sabores Smartwater+ mais recentes e Clarity é o nosso favorito. Estamos bebendo muito mais água do que de outra forma.”

Ginástica

“Eu gosto de fazer treinamentos com intervalos e estou super grata por poder fazer esses treinos na minha academia em casa. Tento fazer todos os dias, mas às vezes é mais como três a quatro vezes por semana. Tem sido um um pouco desafiador conseguir passar o tempo com a família em casa.”

Alimentos ricos em nutrientes

Para Gadot, assim como seguir uma rotina de exercícios é importante, comer alimentos saudáveis também é. “Jamais esquecerei o que um preparador físico explicou: mesmo que você treine duas horas por dia, ainda há muitas horas para comer. Portanto, os alimentos que você escolhe são importantes”, disse ela. “Adoro a dieta mediterrânea. Adoro cozinhá-la e também gosto de comê-la.”

Mais do que isso, ela descobre que se sente e fica melhor quando a faz: “Não sou uma santa. Como cheeseburgers e coisas assim. Mas na maioria das vezes, me mantenho saudável. E quando faço isso, eu sou mais vital.”

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